Suspeito de matar policial, homem premeditou crime e fez tocaia em condomínio da ex
Em imagens, ex entra na residência, o homem a persegue e, depois, comete o feminicídio. Após crime, Leandro teria ido para casa da mãe
![Foto colorida de homem pardo, de cabelos grisalhos, segurando uma taça de espumante. Ele veste camisa polo cinza](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2023/08/11150501/leandro-peres-feminicidio-valderia-600x400.jpeg)
Procurado por assassinar a ex-companheira Valderia da Silva Barbosa, aos 46 anos, Leandro Peres Ferreira, 46, aguardou pela chegada da vítima dentro do condomínio onde a mulher morava, em Arniqueira. De acordo com a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), câmeras de segurança flagraram o Ford Fiesta vermelho do suspeito no local.
Pelas imagens é possível ver a vítima chegando em casa. O homem a persegue e, momentos depois, comete o feminicídio.
Valderia da Silva Barbosa era policial civil e estava lotada como chefe da Seção de Apoio Administrativo, Estatística e Informática na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Ceilândia.
![homem e mulher negros juntos sorrindo](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2023/08/11142958/feminicidio-3-areal-960x640.jpeg)
Perícia chega ao local do crime:
Após degolar a mulher, o suspeito teria fugido. Leandro passou na casa da mãe, em Taguatinga, deixou o Fiesta e sumiu. O homem aparece com um boné preto, blusa azul e bermuda, nas filmagens de câmeras de segurança.
Equipes do Departamento de Polícia Especializada (DPE) estão à procura do suspeito. Leandro tinha uma empresa de transportes e mudanças com a companheira. A sede ficava no mesmo local onde a vítima morava.
![Suspeito - Metrópoles](https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2023/08/11151335/policial-civil-e-vitima-de-femincidio-no-DF-512x640.jpeg)
Dados de feminicídio no DF
De janeiro a junho deste ano, o número de casos de feminicídios no Distrito Federal chegou a 23 e ultrapassou os registros de todo o ano passado (17).
Dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) revelam que a maioria dos crimes (14) ocorreu na casa das vítimas.
As armas brancas foram os instrumentos mais usados pelos agressores para cometer os assassinatos, em seguida vêm as armas de fogo e asfixia.
Em 2023, janeiro foi o mês que acumulou mais casos, com cinco ocorrências. Os dados também detalham que Ceilândia aparece como a região administrativa com mais registros na capital federal.
De 2015 – ano de criação da lei que tipifica o feminicídio como qualificadora do crime de homicídio – até 2023, o Distrito Federal registrou 165 casos do tipo.