Bilhete do PCC tem “salve” para atacar ônibus e hidrelétricas no DF
Os faccionados teriam recebido como determinação duas datas, estabelecidas pelos chefões, para atacar os servidores da segurança pública: 28 de novembro e 3 de dezembro
Preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, um faccionado do Primeiro Comando da Capital (PCC) escreveu bilhetes com ordens para a execução de uma série de ataques no Distrito Federal. A ideia seria provocar apagões de energia e criar caos nas cidades, sem circulação de ônibus.
Os atentados, segundo apurou a coluna Na Mira, só cessariam após as autoridades providenciarem regalias para os integrantes da facção paulista. A reportagem confirmou que um dos bilhetes foi interceptado por policiais penais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape).
Por precaução, as forças de segurança de Brasília estão em alerta e teriam, inclusive, orientado funcionários que trabalham em garagens de empresas de ônibus acerca dos supostos ataques. Além de incendiar coletivos, a organização criminosa estaria disposta a efetuar atentados em hidrelétricas.
As medidas de segurança são vistas por autoridades como “preventivas”, pois, segundo informações de inteligência das forças policiais, as células do PCC no Distrito Federal ainda não estão bem articuladas e sofrem constantemente com investidas policiais, como a operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 17 de novembro deste ano. Na ocasião, as equipes cumpriram 22 mandados judiciais — 11 de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão —, contra criminosos investigados por recrutar novos integrantes para a facção.
Procurada, a Seape informou que não se manifestará sobre as informações, mas afirmou que segue “tomando medidas permanentes para evitar a propagação do crime organizado dentro do complexo penitenciário”.
“Salve”
Além das ações voltadas aos interesses dos presos da Papuda, há outra questão: como revelado pela coluna Na Mira, a cúpula do PCC teria divulgado um “salve” — espécie de ordem para que todos os integrantes da facção espalhados pelo país levantem todo tipo de informação sobre servidores dos sistemas penitenciários estaduais.
Os faccionados teriam recebido como determinação duas datas, estabelecidas pelos chefões, para atacar os servidores da segurança pública: 28 de novembro e 3 de dezembro.
As informações circularam entre detentos encarcerados no Presídio do Distrito Federal (PDF) I, no Complexo Penitenciário da Papuda.
Na última semana, em um documento sigiloso obtido pela coluna Na Mira, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) destacou que policiais penais federais deveriam permanecer em alerta máximo, principalmente os lotados nos presídios de Campo Grande (MS) e de Brasília.
No caso do sistema penitenciário do Distrito Federal, na PDF I, os chamados “catatais” — gíria dos presos para identificar bilhetes escritos em pedaços de papel — falavam sobre o levantamento de dados relacionados a policiais penais de Brasília.
Leva e traz do PCC
Uma presa que cumpre pena no Presídio Feminino (PFDF) e estava em regime de trabalho externo foi interceptada enquanto levantava e repassava informações de servidores para criminosos que atuam nas ruas.
A descoberta ocorreu há cerca de seis meses, e a detenta perdeu o direito ao trabalho externo. Depois, ela foi incluída na chamada “tranca” — quando o interno fica no regime fechado.
Um advogado também teria sido identificado por levantar informações sobre servidores. Ele atenderia a um grupo de faccionados supostamente ligados ao PCC e atuava como um “leva e traz” de ordens, de dentro das cadeias para a rua.
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