Adasa suspende racionamento em áreas do DF abastecidas por córregos e rios

Com o aumento das chuvas e o empenho da população em fazer o uso consciente da água, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) publicou ontem no Diário Oficial do DF (DODF) a Resolução 22, que suspende o racionamento de água nas regiões que fazem a captação em córregos e rios. Aproximadamente 12% do DF depende desse tipo de manancial.

As regiões de Sobradinho I e II, Planaltina, São Sebastião, Jardim Botânico e Brazlândia, que são atendidas por esses sistemas isolados de abastecimento, estavam em estado de restrição de recursos hídricos e em regime de restrição do abastecimento de água potável, segundo a Resolução 16, publicada em setembro deste ano.

O nível da barragem do Rio Descoberto também vem apresentando melhoras. Em um período de cinco dias, o volume útil saltou de 22,91% para 23,79% – comparando entre o dia 5 até ontem. A diferença pode parecer pequena, mas qualquer quantidade a mais já é significativa, diante do cenário atual.

De acordo com o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, a companhia tem trabalhado por etapas. A primeira, anunciada no fim de outubro, foi a adoção da tarifa de contingência, que aumenta em 20% a conta de quem consome mais de dez mil litros de água. A medida, porém, foi parar na Justiça, que suspendeu a cobrança na última quinta-feira. A Adasa recorreu da decisão alegando que, “com essa economia, poder-se-ia prolongar a disponibilidade dos reservatórios até o período mais chuvoso do ano, que, de fato, ainda não se faz presente”.

Já a segunda etapa é a redução de pressão nas redes de água, que atinge as regiões abastecidas pelo Descoberto.

Haja chuva neste verão

“As medidas vêm de forma necessária e serão aplicadas gradualmente. A gente espera que o regime de chuvas se consolide, mas não estamos afastando nenhuma outra atitude”, alerta o presidente da Caesb.
Segundo Maurício Luduvice, o reservatório de Santa Maria se mantém estável. Na última medição, feita ontem pela Adasa, o volume da barragem estava em 41,95%.

“O que se observa é que Santa Maria está se mantendo, mas também está em estado de alerta. No entanto, para medidas futuras, dependemos da redução do uso e da temporada de chuvas”, explica Luduvice.

Economia

Além da necessidade de mais precipitações, o gestor da Caesb diz contar com o apoio da população. “O fato de que existe uma temporada de chuva não elimina a necessidade de recuperar os reservatórios. É fundamental que a população continue fazendo o uso consciente da água”, ressalta.

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