Letônia está em luto
RIGA – A Letônia está de luto neste sábado (23/11) após o desabamento do teto de um supermercado no subúrbio de Riga, capital da Letônia, que fez mais de cinquenta mortos, o pior desastre neste pequeno país do Báltico desde a sua independência em 1991.
O número de mortos chegou a 52. O corpo de uma nova vítima foi encontrado na madrugada deste sábado em meio aos escombros, indicou à AFP Toms Sadovskis, porta-voz da polícia.
Bombeiros e equipes de resgate continuam a procurar sobreviventes, mas sem grandes esperanças dois dias após o acidente.
Ainda não se sabe as causas do desabamento.
A polícia abriu uma investigação criminal e trabalha com três hipóteses sobre a concepção do prédio, os métodos de sua construção e novos elementos que foram instalados no teto.
Neste sábado, o presidente da Letônia, Andris Berzins, considerou o desabamento “como um assassinato” e não uma catástrofe natural.
“É um caso complexo. Ele não pode ser considerado como uma catástrofe natural, porque a natureza não teve nenhum papel” no ocorrido, acrescentou.
O teto do estabelecimento, localizado no bairro de Zolitude, na periferia de Riga, desabou no momento em que centenas de clientes faziam compras.
O teto do supermercado Maxima desabou sobre uma superfície de quase 500 metros quadrados. O segundo andar desmoronou sobre as primeiras equipes de resgate que chegaram ao local.
A rede Maxima anunciou em seu site oficial que o grupo estava “angustiado e comovido” com a catástrofe, mas que ainda não conhecia as causas e estava à disposição das autoridades para fornecer “todas as informações” necessárias.
O teto do centro comercial estava em obras para ser transformado em um jardim suspenso, segundo o funcionário da prefeitura Juris Radzevics.
“O projeto foi apresentado de acordo com as leis, mas naturalmente nós vamos verificar se todos os materiais e as obras estavam de acordo com as normas”, declarou Radzevic ao canal de televisão LNT.
Segundo a porta-voz do Maxima, Olga Malaskeviciene, este centro comercial era o único a ter um jardim suspenso entre as 400 lojas da rede presente em três países bálticos.
“O que é estranho, é que estávamos substituindo pedras muito pesadas por materiais muito mais leves para fazer este jardim”, indicou Straume.
Cerca de quarenta pessoas sobreviveram ao desastre, segundo os serviços de emergência.