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Um representante ilustre da sétima arte acompanhou a exibição do filme Cabra Cega (2005), no auditório do Colégio do Gama-DF (CG), localizado no Setor Leste da cidade. O ator, dublador, diretor e autor, Jonas Block, – que já atuou em várias novelas na Rede Globo – . é convidado especial do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Neste ano, o evento não ficou restrito apenas ao Plano Piloto. Estão a ocorrer exibições em Sobradinho-DF, Ceilândia-DF, Taguatinga_DF e no Gama-DF. No filme em questão, Jonas atua como Matheus, dirigente de uma organização da ultra-esquerda brasileira que enfrenta o poder militar. A película faz parte da programação da mostra Luta na Terra, que apresenta filmes a respeito da ditadura militar. Após acompanhar a projeção do filme, juntamente com alunos e pessoas da comunidade, o artista bateu um papo descontraído no pátio da escola.
Jonas Block, já atuou em várias novelas na Rede Globo é convidado especial do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
“Se você estudar a história do Brasil, você vai ver que sempre teve uma classe dominante em detrimento de uma maioria que ficou na miséria absoluta. Portanto, aí está a importância da democracia. Prefiro infinitamente ter que conviver com políticos corruptos do que enfrentar uma ditadura. Porque o poder deve emanar do povo e não de um grupo econômico qualquer”, respondeu Jonas ao questionamento do aluno e militante do grupo político Juventude Revolução, Guilherme Pereira, de 18 anos. “Quando temos a oportunidade de conversar com uma pessoa que sentiu na pele aquele período (ditadura), nós passamos a valorizar mais a luta dessas pessoas e isso nos dá mais força para continuarmos lutando contra esses abusos”, afirmou o jovem estudante.
As exibições de filmes seguem até o dia 22 de setembro. Além disso, ocorrem também oficinas de cineclubismo. No Gama-DF, a responsável pelas aulas é produtora de cinema Ana Arruda. Segundo ela, o objetivo é criar situações e possibilidades para que as pessoas possam montar cineclubes depois do festival. Trata-se de um espaço, com exibições de filmes e debates ligados a uma determinada temática. “Como o CG está com um equipamento novo, a ideia é que a comunidade do Gama se mobilize para montar uma programação que tenha a ver com a realidade da comunidade”, explicou. De acordo com o produtor cultural do festival, Filipe Guedes, o público superou as expectativas. “A média de público tem sido de aproximadamente 200 pessoas por sessão. Tendo em vista, que o auditório da escola possui um tamanho reduzido, estamos satisfeitos com o interesse das pessoas pelo evento”, afirmou Filipe.
A sombra da ditadura militar continua a instigar realizadores brasileiros muitos anos depois da redemocratização. A mostra apresenta filmes com histórias e personagens, reais ou fictícios, que de maneira direta ou sutil remontam àquele período, em especial aos anos de chumbo, de maior recrudescência aos opositores do regime.
19/09 – O ano em que meus pais saíram de férias (2006), de Cao Hamburger.
20/09 – Dossiê Jango (2013), de Paulo Henrique Fontenelle.
21/09 – Ação entre amigos (1998), de Beto Brant.
22/09 – Hoje (2011), de Tata Amaral.
(fonte:ADM do Gama)edição de André Silva