Política
Para inflar ainda mais a crise na qual o governo está imerso, a Câmara dos Deputados instalou a Comissão Especial destinada à análise do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Pouco depois da criação do colegiado, na tarde de ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avisou que o processo será “célere”. Como presidente e relator da Comissão, estão dois aliados do peemedebista, responsável por deflagrar o processo de impedimento: o líder do PSD, Rogério Rosso, e do PTB, Jovair Arantes, respectivamente.
A mandatária foi notificada da abertura e tem prazo 10 sessões ordinárias no plenário para apresentar a defesa.
A indicação dos nomes do presidente e do relator apareceu após reunião de quase duas horas entre líderes. Os deputados não eram a preferência do Planalto, mas, diante da situação em que o governo se encontra, a base cedeu, em acordo com a oposição. Na avaliação de auxiliares do Planalto, os dois federais são aliados de Cunha, contudo, conversam com o Executivo; portanto, moderados. “É uma construção que integra dois partidos da base. Apostamos na confiança que nós temos, que eles farão um trabalho sério, não serão instrumento de ninguém, mas da estabilidade política”, apontou o líder do governo da Câmara, José Guimarães.