‘Se Adriano mostrar vontade de jogar, volta a ser Imperador’, diz Petkovic

Petkovic deixou os gramados oficialmente há um ano para se tornar empresário, no comando de uma firma de marketing esportivo e um restaurante. Mas não deixou de acompanhar o futebol. Para ele, a recuperação física de  Adriano na Gávea, após uma operação no tendão de Aquiles, pode resultar na volta do Imperador ao futebol (assista ao vídeo). Mas destaca que o retorno do atacante à boa fase defende fundamentalmente do ex-companheiro.

– Foi um dos melhores jogadores com que eu joguei. Talvez o melhor atacante com quem eu dividi um bom tempo. Adriano é uma pessoa maravilhosa e um jogador excepcional. Foi bom que o Flamengo ofereceu a casa para uma das suas pratas da casa se tratar. Esperamos que ele aproveite isso. Se ele se recuperar mesmo e mostrar vontade de jogar bola de novo ele vai voltar a ser o Imperador – disse Petkovic ao “Tá na Área” na Web.

Pouco depois de jogar ao lado de Adriano, Pet ficou um tempo treinando afastado do grupo principal do Flamengo. Segundo ele, nunca houve qualquer tipo de problema com Vanderlei Luxemburgo, treinador da equipe na época, mas o sérvio acredita que ele poderia ter evitado aguçar a curiosidade da imprensa.

Petkovic conversa com Lucas Gutierrez antes de entrar no ar (Foto: Marcella Dottling / SPORTV.COM)

– Não tive nenhuma rixa com o Luxemburgo, ele inclusive gosta de mim e sempre fui respeitado e respeitei ele. No lado profissional ele pecou um pouco comigo, mas ele me deu satisfações de que não cabia a ele, mas sim à presidência fazer isso. Por sua figura (…) ele poderia não passar a bola para a presidente e me ligar, como já fez várias vezes (…) e dizer: “Amigo, olha Pet, tomamos essa decisão e vou te comunicar. Não sei se eles vão fazer ou não, mas como te respeito estou te ligando para dizer que não vai jogar”.

Ainda segundo Pet, o encontro com o treinador demorou mais de dois meses para acontecer e quando eles puderam conversar, Vanderlei pôde se justificar.

– Ele falou tudo, o que eu achei justificável, mas pela importância do Vanderlei ele poderia evitar esse mal-estar na mídia. De se tornar notícia que eu estava treinando no grupo dos descartados, digamos, separado na Gávea.

Devido a sua experiência com o futebol, Petkovic afirma que tem vontade de se tornar dirigente de um grande clube ou mesmo ser treinador. Recentemente ele fez um curso de formação de diretores executivos na Federação Espanhola de Futebol para se aperfeiçoar e seguir em frente com esse sonho.

– Eu quero e fiz já alguma coisa para me preparar melhor para um cargo que eu almejo que é o de diretor executivo. Já tenho vocação para isso, a experiência conta, a possibilidade de falar cinco idiomas, meu nome no futebol é muito respeitado. (…) Logicamente o mercado para isso ainda não está 100% profissionalizado (…) Mas eu espero que em breve encontre um clube para trabalhar nisso ou como treinador. Todo mundo diz que eu seria um grande treinador.

Enquanto uma oportunidade não aparece, Pet prepara a visita de seu compatriota Novak Djokovic ao Brasil para uma partida de exibição de tênis contra Gustavo Kuerten. Para ele, o fato de o Brasil receber a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, é uma boa chance de trazer atletas que nunca estiveram no país antes.

– A ideia é, nesses anos que antecedem à Olimpíada do Rio de Janeiro, a cada ano fazer um evento com um esportista que o público carioca não teve a oportunidade de ver de perto.