Cafetina detida em Brasília pode complicar vida de políticos
Não uma agenda, mas três, oito telefones celulares e um computador portátil podem complicar a vida de muitos políticos, empresários e lobistas de Brasília. O material pertence a Jeany Mary Corner, a mulher de 53 anos apontada como uma das maiores cafetinas do Distrito Federal. Está em poder da Polícia Civil e servirá como prova na investigação sobre a atuação de uma quadrilha de prostituição de luxo na capital do país.
Tudo era controlado por 10 pessoas de três grupos distintos, liderados por quatro mulheres, incluindo Jeany Mary, protagonista da queda do então ministro da Fazenda Antônio Palocci, em 2006. Além dela, são apontadas como cabeças do esquema Vilma Nobre, 44 anos, Marilene Oliveira, 49, e Ângela Castro, 49. As duas últimas são sócias, segundo os policiais.
Elas acabaram presas na Red Light, que cumpriu nove dos 10 mandados. O único foragido, até a noite de ontem, era Geovani Nunes, 46 anos. Ele e outros homens tinham a missão de arregimentar travestis e garotos, ainda de acordo com os investigadores. Os agentes não detectaram a presença de pessoas com menos de 18 anos entre as prostitutas, mas flagraram, em grampos telefônicos, que os agenciadores miravam adolescentes e esperavam, ansiosamente, as garotas atingirem a maioridade para serem atraídas ao esquema. (Publicamos matéria integral do Jornal Correio Braziliense)