Peritos franceses afastam hipótese de envenenamento de Yasser Arafat
Paris – Os peritos franceses encarregados de investigar a morte de Yasser Arafat afastaram hoje (3) a hipótese de envenenamento do líder palestino, segundo fonte próxima do processo citada pela imprensa francesa. “O relatório afasta a tese de envenenamento e vai no sentido de morte natural”, disse a fonte. Os peritos franceses concluíram que Arafat morreu devido a “uma infeção generalizada”.
A conclusão difere da anunciada em novembro por peritos suíços, que indicaram ter detectado nos restos mortais da Arafat concentrações de polônio 210 até 20 vezes superiores às normais.
Em Paris, ao saber que especialistas franceses excluíram a hipótese de envenenamento, a viúva Suha Arafat pediu que se cruzem os dados das investigações sobre a morte do marido. Em entrevista, Suha disse que confia “na Justiça e na ciência” e defendeu a comparação dos resultados encontrados pelos peritos suíços com as concluções dos investigadores franceses.
Yasser Arafat morreu a 11 de novembro de 2004 em um hospital militar francês, em Paris, sem que os médicos soubessem determinar a causa exata da morte. O corpo não foi autopsiado na época, a pedido da viúva, Suha Arafat.
Em julho do ano passado, no entanto, a viúva apresentou na Justiça francesa uma queixa contra desconhecidos, depois da descoberta de elevados níveis de polônio, uma substância radioativa altamente tóxica, nos objetos pessoais do marido. Os juízes de instrução encarregados da investigação ordenaram a exumação do cadáver, o que foi feito em novembro.
Seis dezenas de amostras examinadas por três equipes de investigadores suíços, franceses e russos, que trabalharam separadamente e sem contato umas com as outras. (Por: LUSA)