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Número de crimes cai no Distrito Federal

Dados da Secretaria de Segurança Pública divulgados nesta sexta-feira (10) apontam redução nos índices de criminalidade no Distrito Federal em 2013. Os homicídios, por exemplo, tiveram queda de 14,6%, seguidos das tentativas de homicídio, que baixaram 8,6% em relação a 2012. O destaque, no entanto, foi para o sequestro-relâmpago que caiu 45,7% no período.

“Os índices caíram devido às ações integradas da Polícia Militar com a Polícia Civil. No último ano, nós tivemos mais de 2 mil armas retiradas de circulação e, aliado a esse fator, fizemos a ação integrada, prendemos criminosos, e por isso a tendência é realmente diminuir”, explicou o secretário-adjunto de Segurança Pública, Paulo Roberto Batista de Oliveira.

De acordo com o levantamento da pasta, o número de homicídios despencou de 792 em 2012, para 692 em 2013. Nas tentativas de homicídio, o ano passado foi fechado com 1,1 mil registros, cerca de 80 casos a menos que o apurado em 2012.

O latrocínio, que é o roubo seguido de morte, teve redução de 40,9%. Em 2012 foram 43 ocorrências, e em 2013 o número caiu para 26, o que equivale a 17 vidas preservadas, conforme estimativas da Segurança Pública.

No mesmo levantamento, a pasta apresentou os dados do roubo com restrição de liberdade, que revelaram um decréscimo de 25,5% no último ano (540 casos), se comparado aos índices do ano anterior (709 casos). Ao todo, foram 169 registros a menos.

Nessa divulgação dos dados, a pasta fez a separação dos sequestros-relâmpago –quando há extorsão- dos crimes com restrição de liberdade, que normalmente são praticados sem a intenção de efetuar saques bancários em caixas eletrônicos.

Com essa nova formatação, os sequestros-relâmpago tiveram redução de 45,7% e passaram de 9 registros em 2012 para 5 no ano passado. Parte desse resultado se deve à maior ação policial, que aumentou em 11,2% o número de ocorrências atendidas no DF e contribuiu para o crescimento, em 16,7%, do número de recuperação de veículos.

OUTROS NÚMEROS – A ação integrada entre as forças e a ostensividade da atuação da polícia renderam números positivos em relação à repressão ao tráfico de drogas, que teve aumento de 9,7%, e ao uso e porte de drogas, que cresceu 12,3% no último ano, se comparado a 2012. Ambos os números traduzem maior eficiência da Segurança Pública.

Os crimes contra o patrimônio apresentaram alta de 12,4%. O aumento, no entanto, é um reflexo, segundo o secretário-adjunto, do período em que a Polícia Civil deixou de registrar ocorrências, no ano de 2012, durante um processo de reivindicações por melhorias salariais. A pasta estima que pelo menos 8,5 mil ocorrências deixaram de ser registradas nesse período.

“Tivemos, quando se faz o comparativo, dois trimestres em que a Polícia Civil estava num movimento justo e reivindicatório em que ela deixou de registrar ocorrência. Quando se soma tudo, temos um aumento de 12,4%. Seguindo a série histórica, estaríamos trabalhando entre 5,1% e 6% de aumento de criminalidade”, explicou Oliveira.

AUTORIA – Segundo o secretário-adjunto, até 30 de setembro, cerca de 33% dos crimes que constam nesse levantamento tiveram a participação de menores. Diante dos dados, o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Luiz Xavier, apontou a legislação como um dos fatores que colocam os menores em conflito com a lei novamente nas ruas, o que culmina na reincidência.

O dirigente da Polícia Civil lembrou, ainda, que, apesar dos dados, o Distrito Federal possui uma realidade diferente de outras unidades da Federação, uma vez que o crime organizado está controlado.

No total, o número de prisões em flagrante efetuadas em 2013 chegou a 17.164, o que representa uma média de 47 ocorrências por dia e 1,95 flagrante por hora. Nesse quesito, houve aumento de 31% nas prisões por mandado judicial. (Por: Agencia Brasil)

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