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ONU expressa preocupação por mortes em protestos na Venezuela

A sede das Nações Unidas (ONU) na Venezuela expressou neste sábado (5) sua preocupação pelo ‘alto custo em vidas humanas’ dos protestos contra o governo que ocorrem há dois meses, com um registro de 39 mortos. A organização pediu respeito aos direitos dos manifestantes pacíficos.

‘A ONU na Venezuela está altamente preocupada com o alto custo em vidas humanas que foi registrado no país devido aos protestos’, expressou a organização em um comunicado divulgado em Caracas, fazendo um apelo aos venezuelanos ‘para que o direito à vida seja garantido, respeitado e valorizado’.

A ONU lembrou que de 120 barracas na entrada principal de sua sede no leste de Caracas, ocupando inclusive parte de uma importante avenida para protestar contra o governo pela crise econômica e pela insegurança.

‘Respeitamos e solicitamos respeito ao direito de protestar pacificamente do grupo de jovens acampados em frente ao escritório da ONU’, acrescentou a nota, na qual também pediu que os manifestantes permitam ‘a passagem de veículos e o acesso ao edifício’.

Mas a organização também rejeitou ‘qualquer ato violento, a destruição de propriedade pública e privada, e o obstáculo à livre circulação de cidadãos’, que ocorreram nas últimas semanas.

A ONU reiterou o pedido do secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, para que seja ‘garantida a proteção dos direitos humanos de todos os venezuelanos’, no momento em que o Ministério Público investiga quase 100 casos de violações de direitos humanos por abusos policiais durante os protestos.

A organização saudou o esforço feito pelo governo para realizar conferências de paz com vários setores na tentativa de acalmar os ânimos na Venezuela e o anúncio feito pelo presidente Nicolás Maduro da criação do Conselho Nacional de Direitos Humanos.

Há dois meses, a Venezuela vive uma onda de protestos, iniciada em 4 de fevereiro em San Cristóbal (oeste). Até o momento, 39 pessoas morreram, 608 ficaram feridas e 192 estão detidas aguardando julgamento. (AFP)

 

 

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