Como Arthur Lira vai responder a Lula, que disse que Padilha ‘só por teimosia vai ficar muito tempo no ministério’
Lira não vai retrucar o presidente publicamente. Mas nas próximas semanas deve dar o troco ao seu estilo, usando as armas de que dispõe.
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Arthur Lira disse que Alexandre Padilha era “incompetente” e “meu desafeto pessoal” na quinta-feira passada. Lula chamou para si a discussão e respondeu no dia seguinte que “só por teimosia o Padilha vai ficar muito tempo no ministério”. E no fim de semana fez-se o silêncio. E agora?
Lira não vai retrucar o presidente publicamente. Mas nas próximas semanas deve dar o troco ao seu estilo, usando as armas de que dispõe.
Já na quinta-feira, quando está marcada uma sessão do Congresso para analisar os vetos do presidente da República, Lira deve ajudar a dar mais dores de cabeça ao governo.
Vai agir para ampliar a já esperada derrota do governo no projeto de lei que proíbe a saída temporária dos presos em feriados e datas comemorativas. Um projeto no qual o Palácio do Planalto pretende fazer uma ofensiva para tentar virar um jogo dado como perdido. Aliás, nesta tentativa um dos protagonistas pelo lado do governo será justamente o ministro Alexandre Padilha, a quem Lira chama carinhosamente de “meu desafeto pessoal”.
Vai também trabalhar para derrubar outro veto de Lula, desta vez relativo ao Orçamento de 2024. O valor total sancionado por Lula foi de R$ 5,5 trilhões, mas o presidente impôs um veto R$ 5,6 bilhões sobre o orçamento das emendas parlamentares de comissão. No texto aprovado pelos parlamentares, esse tipo de emenda previa R$ 16,6 bilhões. Com o veto, contudo, caiu para R$ 11 bilhões. Lula vetou para adequar o Orçamento à inflação menor, que reduz a margem de gasto do governo.
Em relação à regulamentação da reforma tributária, cujos projetos de lei complementares, o governo pretende enviar ao Congresso nos próximos dias, Lira não criará empecilhos. Considera este um tema que ele é um dos responsáveis por fazê-lo andar.
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