Policarpo alerta para as doenças do trabalho

Ao discursar nesta quinta-feira (15) na sessão solene em homenagem ao Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de Maio, o deputado federal Policarpo (PT-DF) destacou a importância de o país avançar nas ações voltadas à prevenção das doenças ocupacionais, que vão da LER – a chamada Lesão por Esforço Repetitivo – à perda auditiva induzida por ruído, passando por problemas na coluna até os transtornos mentais.

Policarpo: é preciso avançar nas ações de prevenção às doenças do trabalho (Foto: ASCOM do deputado)
Policarpo: é preciso avançar nas ações de prevenção às doenças do trabalho (Foto: ASCOM do deputado)

“É essencial que as empresas públicas e privadas e os órgãos públicos invistam cada vez mais na segurança do trabalho e apoiem a atuação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, as Cipas”, enfatizou Policarpo.

Para ele, os sindicatos, as federações e as confederações de trabalhadores públicos e privados e os governos e empresários devem continuar incentivando a realização de campanhas de prevenção às doenças ocupacionais e aos acidentes do trabalho. “Igualmente essencial é a participação dos empresários e governos neste debate.”

De acordo com Policarpo, o Brasil tem avançado na prevenção de doenças ocupacionais e acidentes do trabalho. “Isso vem ocorrendo graças à inclusão do tema saúde do trabalhador nos debates sobre o mundo do trabalho. Ou seja, na medida em que os trabalhadores passaram a se preocupar mais com essa questão, o país começou a ter uma redução nos casos de doenças ocupacionais.”

É preciso reconhecer também, acrescentou o deputado, que a criação da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, em 2011, tem ajudado a reforçar a necessidade de adoção de medidas voltadas a aumentar a segurança no trabalho, a fim de prevenir doenças.

Abaixo, a íntegra do discurso do deputado Policarpo na sessão solene em homenagem ao Dia do Trabalhador:

“Senhor presidente,

Esta sessão solene em homenagem ao Dia do Trabalhador, da qual sou um dos requentes, tem enorme significado para nós, do Partido dos Trabalhadores, porque somos a representação política da classe trabalhadora, para quem atuamos no Parlamento e para quem governamos o Brasil há 11 anos e cinco meses.

Como sindicalista e Deputado Federal comprometido com as lutas dos trabalhadores, entre elas as dos servidores públicos, com os quais tenho longa  trajetória de parceria, não poderia deixar de vir a esta tribuna para homenagear os trabalhadores pelo seu dia, comemorado em 1° de Maio.

A propósito, é necessário destacar que, desde 2003, as comemorações do Dia do Trabalhador ganharam um novo vigor no país, sem que a classe trabalhadora deixasse de apresentar suas reivindicações com energia e firmeza.

Devemos isso à chegada de Lula à Presidência da República. As conquistas alcançadas no governo Lula, um metalúrgico, um operário sempre disposto ao diálogo, foram mantidas e ampliadas no governo da presidenta Dilma Rousseff.

Ambos os governos apostaram na valorização dos salários e na formalização dos empregos.

Com Lula e Dilma, o salário mínimo aumentou 72,3 1%, entre 2003 e 2014. Essa valorização do mínimo teve impacto sobre os demais salários, beneficiando milhares de trabalhadores dos setores público e privado.

Com Lula e Duma, a parcela de trabalhadores com carteira assinada aumentou de 40% para quase 60% do mercado, segundo o Instituto de Ensino e Pesquisa, o Insper.

A redução da informalidade, como sabemos, tem reflexos positivos na vida do trabalhador e na economia do país.

Mais do que isso. De acordo com estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, a formalização do mercado de trabalho e o aumento dos salários contribuíram decisivamente para a queda das desigualdades no país nos governos Lula e Dilma.

É evidente, portanto, que esses dois fatores muito ajudaram a melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros.

O Bolsa Família e a forte expansão da oferta do mercado de trabalho,  que resultou na criação de mais de 20 milhões de novos empregos, igualmente  contribuíram para aumentar o bem-estar de nossa população, com inclusão social e fortalecimento da cidadania.

Sr. Presidente, mesmo com esse enorme avanço em direção a uma  sociedade mais igualitária, o que muito representa no resgate da dívida secular  com as camadas mais pobres da nossa população, ainda temos grandes déficits no mundo do trabalho.

Entre eles, há grande preocupação com a incidência de doenças  ocupacionais e com os acidentes de trabalho.

As causas das doenças ocupacionais quase sempre estão relacionais às condições inadequadas oferecidas ao trabalhador.

Além de afetar os empregados, as doenças ocupacionais também atingem o empregador, que precisam substituir profissionais treinados por outros cujo desempenho só chegará à plenitude depois de algum tempo.

Por isso, é essencial que as empresas públicas e privadas e os órgãos públicos invistam cada vez mais em segurança do trabalho e apoiem a atuação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes.

É importante destacar ainda que o Brasil tem avançado na prevenção de doenças ocupacionais e acidentes do trabalho.

Sem dúvida, isso vem ocorrendo graças à inclusão do tema saúde do trabalhador nos debates sobre o mundo do trabalho.

Ou seja, na medida em que os trabalhadores passaram a se preocupar mais com essa questão, o Brasil começou a ter uma redução nos casos de doenças ocupacionais.

É preciso reconhecer também que a criação da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, em 2011, tem ajudado a reforçar a necessidade de adoção de medidas voltadas a aumentar a segurança no  trabalho, a fim de prevenir doenças.

Por isso, considero fundamental que os sindicatos, as federações e as confederações de trabalhadores públicos e privados continuem incentivando a realização de campanhas de prevenção às doenças ocupacionais e aos acidentes do trabalho. Igualmente essencial é a participação dos empresários e dos governos neste debate.

Sr. Presidente, para finalizar, quero aproveitar esta comemoração nossa, esta reflexão em relação ao Dia do Trabalhador, dia 1º de maio, e  parabenizar todos os nossos dirigentes, de todos os sindicatos, das nossas centrais sindicais, dos nossos assessores, dos nossos funcionários que atuam nesta área. Nós sabemos o quanto é difícil essa defesa no dia a dia, o compromisso que nós temos com a classe trabalhadora, muitas vezes o preconceito que enfrentamos no dia a dia para defender o conjunto dos trabalhadores.

Então, quero render as minhas homenagens a todos os dirigentes sindicais deste país e a todos os funcionários e assessores dessas entidades, porque prestam um trabalho com muita capacidade e com muita solidariedade no dia a dia.” (Com informações e fotos da ASCOM do deputado)

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