Jucá nega que PMDB vá retaliar parlamentares que votarem contra o governo
O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou, nesta segunda-feira (18/12), que o partido não vai retaliar parlamentares que votarem contra as posições defendidas pelo governo. Segundo ele, a estratégia a ser adotada será a de “valorizar”, por meio da distribuição de recursos do fundo partidário, os candidatos que tiverem sido mais leais.
De acordo com o senador, a votação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados está mantida para 19 de fevereiro. “O governo continua discutindo esse processo. Estamos mobilizados, conversando com parlamentares, e durante o recesso a conversa vai continuar”, acrescentou. Jucá disse ainda que tem a garantia do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), de que a reforma entrará para a pauta do Senado “assim que ela chegasse” à Casa, após sua aprovação pela Câmara dos Deputados.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também manifestou otimismo, apesar do atraso na votação da reforma previdenciária. “O que esperamos é que tenhamos mais votos em fevereiro, porque a sociedade tomará consciência da imperiosidade da reforma da Previdência. Na medida em que os parlamentares voltem para suas bases e vejam as mudanças que aconteceram na opinião de suas comunidades, seguramente teremos em fevereiro mais votos do que temos agora”, disse Padilha.
Denúncias
O senador Romero Jucá voltou a dizer que está tranquilo com relação às denúncias apresentadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. “Essas denúncias já tinham sido feitas pelo [ex-procurador-geral] Rodrigo Janot. Nós apresentamos a defesa, e a Raquel Dodge apenas corroborou o que o Rodrigo Janot disse. Estou muito tranquilo. Não temo qualquer tipo de investigação e vou provar que a doação de R$ 150 mil foi oficial e nada tem a ver com votação de medidas provisórias. É um absurdo essa ilação que o Janot fez”, disse Jucá.