Brasil cumpre na íntegra dois dos oito Objetivos do Milênio da ONU

O Brasil cumpriu integralmente dois dos oito Objetivos do Milênio (ODM) da Organização das Nações Unidas (ONU) com anos de antecedência. A meta de reduzir a mortalidade infantil em dois terços com relação aos níveis de 1990 até 2015 foi cumprida em 2011, quatro anos antes do prazo assumido perante a organização. A promessa de reduzir a fome e a miséria foi outra cumprida anterior ao limite. De acordo com a ONU, a extrema pobreza tinha de ser reduzida pela metade até 2015 em relação aos níveis de 1990. O Brasil adotou metas mais rigorosas e estabeleceu a redução a um quarto desse mesmo nível, o que foi cumprido em 2012.

Os dados estão no Relatório nacional de acompanhamento dos objetivos de desenvolvimento do milênio, entregue ontem à presidenta Dilma Rousseff, em Brasília, na cerimônia de lançamento da Política Nacional de Participação Social. No documento estão dados sobre os principais indicadores sociais relacionados a esses objetivos. A exemplo de índices nas áreas de saúde, educação, trabalho e meio ambiente.

Dilma comemorou os dados do Brasil: “Nós, de fato, reduzimos a desigualdade, não reduzimos tirando de ninguém, mas aumentando o crescimento da renda dos mais pobres. Os mais ricos do Brasil, a renda deles cresceu, mas foi muito menos do que cresceu a renda dos mais pobres”, afirmou.

Em relação às metas cumpridas com antecedência, a taxa de mortalidade no Brasil, de 53,7 óbitos por mil nascidos vivos em 1990, diminuiu para 17,7 em 2011. Os informes do relatório mostram que a redução mais intensa dos óbitos ocorreu de um a quatro anos de idade. O avanço é atribuído ao incentivo ao aleitamento materno, ao acompanhamento pelos programa Saúde da Família e Saúde Indígena.

“Porém, o nível de mortalidade ainda é elevado. Por essa razão, muita ênfase tem sido dada às políticas, aos programas e às ações que contribuem para a redução da mortalidade na infância”, informou o relatório.

Extrema pobreza

Sobre a redução da extrema pobreza, o nível atingiu 3,6%, mais de 10 pontos percentuais a menos do que em 1990, quando 13,4% da população vivia com menos de R$ 70 por mês, considerado o limite de extrema pobreza para a ONU. De acordo com parâmetros do Banco Mundial, quando a taxa de extrema pobreza fica abaixo dos 3%, considera-se que está superada. (das agências de notícias)

17,7 óbitos por mil nascidos vivos foi a taxa de mortalidade infantil em 2011

Saiba mais

O Objetivo do Milênio de melhorar a saúde da gestante e reduzir a mortalidade materna não será cumprido – nem pelo Brasil nem pelo restante do mundo. O número de óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos no país passou de 143, em 1990, para 63,9, em 2011. Para reduzir a meta a 1/4 do nível de 1990, seria preciso chegar a 35. Ainda assim, os níveis do Brasil são melhores do que os dos países em desenvolvimento em geral e da América Latina – de 240 e 72 óbitos a cada 100 mil nascidos vivo, respectivamente.

Em relação aos demais objetivos – educação, paridade de gêneros, combate a HIV/aids, qualidade de vida, respeito ao meio ambiente e parceria mundial para o desenvolvimento -, as perspectivas são positivas. Em educação, cuja meta é a universalização da educação primária, o país está com 97,7% das crianças de 7 a 14 anos frequentando o ensino fundamental – mais do que os 81,2% de 1990.

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